quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Conhecendo o Uruguai - Agosto de 2013.

Na verdade esta postagem era para ter saído em agosto, mas faltou ainda o último, ou os dois últimos dias, mas não lembro ao certo. Vendo as postagens, achei este material nos rascunhos e resolvi postar mesmo assim, pois 90% ou mais foi concluído e certamente poderá ajudar muito gente! Qualquer dúvida pode deixar comentários ou me mandar um email eduardo0037@yahoo.com.br
 
INTRODUÇÃO:
Esta postagem é para aqueles desejam viajar ao Uruguai. Bom, vamos lá, não sei se terei saco de concluir todos os dias da viagem, mas, tudo foi assim (ou está sendo assim): 
- Hotel: encontrei o Hotel América pela internet, no www.hoteis.com, e com ajuda do site Tripadvisor; sobre ele haviam comentários bem relativos, uns dizendo que o local era muito bom, outros muito ruim, mas sem dúvida pela localização, foi o mais barato que encontrei. O Hotel é bom, mas antigo. Sua localização é excelente. Agora, ficamos em um quarto que faz frente para uma rua bem movimentada, não atrapalha muito, mas ficamos no quinto andar, os andares abaixo devem ser bem piores. O café da manhã do hotel é razoável. Até agora não tenho o que reclamar a relação custo/benefício sem dúvida é bastante favorável.
- Câmbio: com relação ao câmbio da moeda, por segurança resolvi comprar alguns pesos em uma casa de câmbio no Brasil e com isso perdi dinheiro! Logo sugiro que troque seus Reais no próprio Aeroporto, ou em alguma das dezenas de casas de câmbio de Montevidéu, que por incrível que pareça sairá mais em conta. Não esqueça de desbloquear seus cartões de crédito e de débito, que embora devam ser internacionais, necessitam ser desbloqueados. Pelo câmbio oficial R$ 1,00 corresponde a aproximadamente 11,00 pesos uruguaios.
- Traslado Aeroporto - Hotel: o Aeroporto de Carrasco fica bem longe do Centro de Montevidéu e principalmente de Pocitos e da Cidade Velha, principais locais para os turistas, consultando encontrei na internet 3 formas de efetuar o traslado, a primeira é mais prática e cara, que é pegando um táxi no aeroporto, o valor ficaria por volta de 1200 pesos uruguaios, que daria uns R$ 120,00 / 130,00. A segunda hipótese e a que resolvi fazer foi pegar uma van na porta de desembarque do Aeroporto. O valor deu 300 pesos uruguaios (cobrados por pessoa). A terceira hipótese que é mais trabalhosa, porém financeiramente mais viável, é pegando um ônibus (Ciudad Vieja - Aeroporto - Ciudad Vieja), até o terminal de Tres Cruces e de lá pegar um outro ônibus ou um táxi, até o hotel; confesso que estava fortemente inclinado por esta opção, mas ao desembarcar e sentir o frio, desencorajei e resolvi seguir a opção da van, que acabou sendo muito boa e deixando-nos na porta do hotel.
- Se tiver alguma dúvida pode entrar em contato comigo através do eduardo0037@yahoo.com.br que procuro ajudar.

DIA 01 (Sábado/Agosto/13):
-  Desembarcamos em Montevidéu e o dia serviu de reconhecimento das instalações do hotel e das localidades próximas. Passeamos pela Rambla onde vimos o Rio da Prata e passamos o frio do Uruguai! No meio da tarde marcava aproximadamente 9ºC.

DIA 02 (Domingo):
- Conhecemos a Plaza da Independência e o monumento em que o General Artigas "descansa". De lá você pode ver o Palácio Salvo que uma construção muito bonita, bem como pode ver o Teatro Solis. Fica perto também da porta de acesso da antiga cidadela, que ainda hoje está erguida.
- Descemos para a Plaza de la Constituición, local em que está a Catedral Metropolitana de Montevideo, a igreja parecia estar fechada, mas o estava, seu interior é muito legal, embora seu exterior não convença muito. A praça é bastante agradável e vale a pena ficar sentado esperando o tempo passar!
- Em seguida tentamos ir a Biblioteca Nacional, pois tínhamos um encarte que sinalizava um passei somente aos domingos, porém, aos domingos o local está fechado, MAS, o objetivo nos domingos não é a Biblioteca, e sim uma feira gigante, que dizem ser a maior do Uruguai, a Feira de "Tristán Narvaja" , local em que se vê de tudo, de pessoas vendendo cachecol, até tomates, cães, queijos, cobras, alface, pássaros, selos, moedas, tartarugas, roupas e o possível e imaginável! Nesta feira conseguimos comprar dois cachecóis, um par de luva e uma touca por 350 pesos uruguais (aproximadamente R$ 35 / 40,00), o que achei bem barato, comparando-se com outros locais da cidade.
- Neste dia achei uma agência de informações de turismo do país, na frente da Intendência de Montevidéu, local em que consegui arrumar um Mapa da Cidade, mapa bem detalhado e com todos os pontos de interesse.
- Saindo da agência fui direto ao Museu de História da Arte, bem ao lado do prédio da Intendência. O local é pequeno, bastante razoável e sua entrada é gratuita. Se a viagem for rápida não vale a pena, caso contrário, vá.
- Depois retornamos as imediações do hotel e ficamos na Praça Fabini, local também muito agradável. E Montevidéu está cheio destas praças, muito legal.
- As atividades no domingo na cidade são bem reduzidas! Inclusive os locais de visitação, como vários Museus.

DIA 03 (Segunda):
- Na manhã fomos no Museu Gurvich, localizado na próximo a Plaza da Matriz, ao lado da Igreja Metropolitana. O local é legal, com exposições de fotografia e pintura. Se o tempo for curto, não vale a pena. Lá compramos um passe que dá acesso a três outros museus, que se visitados, vale a pena comprar. O passe sai por 200 pesos uruguaios (50 por museu), e o valor se o passe é 65.
- Saindo de lá ficamos apreciando a Plaza Zabala e em seguida fomos no Museo de Arte Pré-Colombino e Indígena. Lá é bem legal, e faz parte do circuito que o passe dos quatro museus dá direito, conforme descrito acima. 
- Ao acaso encontramos o Mercado do Porto (Montevidéu parece ser bem pequena e talvez seja mesmo), e almoçamos. O local possui de tudo para comer, churrasco (parillada), frutos do mar, massas, etc. Além de ter bastante artesanato, que se deve considerar que é ponto para turista, logo tudo será mais caro, tanto a comida, quanto o artesanato!
- A Casa de Lavalleja, que não sei o que é, mas se encontrava no roteiro estava fechada, bem como o Museu Romântico, ambos para reformas.
- Passamos em frente (e ao acaso) da sede do Banco da República, o a construção é impressionante e gigantesca, tanto dele, quanto de seus anexos. Lindo mesmo, porém não realizam visitações.
- Encontramos em seguida o Palácio Taranco, local que era uma mansão de nobres Uruguaios, que foi comprada pelo governo do país para servir de sede do Museu de Arte Decorativa do país. Este local vale a pena estar no roteiro principal de visitas do país, o local é surpreendente, tanto as peças em exposição, quanto a visita à casa propriamente dita. Fantástico.
- Fomos ao Museu Histórico Nacional onde conta a história do país, com ênfase nas batalhas de independência, com várias exposições de armas, roupas, fardas, documentos, entre outras coisas. Também deve estar no roteiro obrigatório de visita ao país.

DIA 04 (Terça):
Fomos a uma verdadeira caçada para achar o Museu de Egiptologia, que fica em uma residência e em um bairro residencial, sem maiores divulgações. Chegando o local estava fechado e seu responsável, embora simpático, informou que as visitas devem ser marcadas com dois dias de antecedência e que todo o acervo estava disponível na internet! (logo, não vá!)
- Na saída fomos até o Estádio Centenário e o Museu do Futebol. O Estádio está necessitando de reformas e de limpeza, mas vale o passeio, agora o museu é muito legal, com toda a história do futebol uruguaio, até um grande apanhado do futebol mundial, com partes das Olimpíadas, Copas do Mundo, entre outros eventos.
- Na saída fomos no Planetário e no Zoológico, ambos estavam fechados! Ambos podem ser visitados a partir de quarta-feira.
- Na seguida retornamos e fomos ao Museo del Gaucho y de la Moneda. Achei muito simples, embora o prédio seja muito bonito.
- Na sequência fechamos o dia indo até o Museu da Fotografia, na quadra em frente ao Museo del Gaucho y de la Moneda, local em que possui um acervo interessante e que é muito legal conhecer.  


DIA 05 (Quarta):
- Fomos até o Museu da Presidência da República, localizado em um prédio antigo, ao lado do atual prédio da Presidência, todos na Plaza Independência. O Museu é imperdível e conta a trajetória de todos os presidentes do Uruguai, possui acervo de fotos, armas, vídeos, fardamentos, documentos, e outros materiais.
- Fizemos a visita guiada, em português e de graça do Teatro Solis. Este teatro é uma das principais coisas que falam de Montevidéu, logo você fatalmente virá até aqui, porém a visita é em determinados horários, em espanhol e paga, mas isso não será grande problema. No passeio contam a história do teatro, de sua arquitetura, seu passado e como funciona atualmente, e, obviamente, ter acesso a seu interior que é lindíssimo.
- Fomos ao Museu Torres Garcia, próxima a Plaza Independência. Achei que existem melhores lugares para se conhecer, mas se tiver tempo vá.
- A noite assistimos um Recital de violino, piano e clarinete no Teatro Sodré e foi maravilhoso.    

DIA 06 (Quinta):
- Neste dia seguimos até o bairro de Prado. Peguei um ônibus até Tres Cruces e de lá um outro para Paso Molino, em um ponto próximo a uma policlínica de arquitetura antiga. O destino era os pontos turísticos do bairro (Jardim Botânico, Museo Juan Manuel Blanes e o Jardim Japonês, tudo próximo um do outro.
- No ônibus ficamos amigos de uma uruguaia muito simpática, que nos deu todas as orientações de como chegar ao local.
- Quanto ao Jardim Botânico é muito legal, porém razoavelmente simples. Reservado mesmo para a contemplação, possui diversos bancos para esperar e aproveitar a paisagem. É muito agradável.
- Com relação ao Museu, o local estava em reformas e só tivemos acesso a uma pequena parte do acervo, mas parece ser encantador o todo. Na saída fomos até o Jardim Japonês, no parque ao fundo do Museu. O local é muito legal, eu nunca vi nada parecido. Sem dúvida vale muito a pena para descansar, tirar fotos, apreciar a beleza especial do jardim.
- No retorno pegamos um ônibus para a Ciudad Vieja e fomos até o Museu do Carnaval e o Museu dos Imigrantes. Com relação ao Museu do Carnaval, eu possuía o bilhete que dava o acesso mais enconta ao local, para quem for até o Mercado do Porto vale a pena ir neste museu, mas não é imperdível. Na seguida, ao acaso, encontramos o Museu dos Imigrantes, onde havia uma exposição fantástica de locais destruídos em combates militares ou por ações de governos extremistas, além de poder verificar a história do monumental muro que cercava a cidade velha de Montevidéu na época da colonização.


DIA 07 (Sexta):
- Fomos até Colonia del Sacramento. Compramos a passagem de ônibus no dia anterior no Terminal de Tres Cruces, que fica no subsolo do shopping Tres Cruces. Fomos pela empresa COT, pelo preço, ida e volta do casal de aproximadamente 950 pesos uruguaios, uns R$ 100,00. O que é infinitamente mais viável dos que os passeios pelo rio. E a passagem de volta pode ir em branco e ser marcada em Colonia del Sacramento.
- Compramos o bilhete das 09:30h e a viagem durou aproximadamente 02:30h. 
- Eu não havia feito nenhum planejamento para conhecer o local, porém existe alguns pontos de informação ao turista e um deles é próximo ao terminal rodoviário, onde os atendentes são também muito solícitos. No local se pode pegar um mapa e solicitar informações.
- Colonia é muito legal, é altamente recomendável passar o dia inteiro na cidade, curtir suas ruas, seu misto de arquitetura portuguesa e espanhola e como o Uruguai conserva muito bem tudo isso. Eu visitei apenas o Centro Histórico. Fui a Feira de Artesanatos, que tem bastante coisa e mais em conta do que em Montevidéu, fomos ao Farol da Cidade (muito legal), fomos ao Portão de Campo e ficamos deitados na grama sob o Sol, ouvindo o barulho do Rio da Prata. Passamos pela Calle dos Suspiros, apenas por curiosidade e ficamos contemplando a Plaza de Armas Manuel Lobo e a Basílica del Santissimo Sacramento, tudo muito calmo e excelente! Assistimos na Rambla o por do Sol e pegamos o ônibos de volta às 19:00h. Para aqueles que ficarão pouco tempo em Montevidéu, é inviável conhecer Colonia, mas para aqueles que vão ficar pelo menos uns quatro dias, é bom destacar um deles e ir até lá, pois é simplesmente fantástico e um verdadeiro retorno ao passado.  

DIA 08 (Sábado):
- Fomos até o ponto de informações turísticas, localizado ao lado intendência municipal de Montevidéu, a fim de saber como se chega na Fortaleza del Cerro, pois a mesma está um pouco afastada da cidade. No ponto vimos um funcionário muito atencioso que nos ensinou a chegar, além de nos ter indicado o Monumento dos Desaparecidos e Mortos na época da ditadura militar uruguaia.
- Então para chegar na Fortaleza del Cerro, ele sugeriu pegar o ônibus 125 na Av. Paraguay com Calle Mercedes e soltar no ponto final (Terminal de Cerro), o que fizemos. Chegando no terminal a orientação era pegar o ônibus L17 ou L18 e pedir para descer na Calle Viacava, o que fizemos, e daí seguir andando. É uma bela e rigorosa caminhada, mas vale a pena.
- Na Fortaleza del Cerro fica o Museo Militar Artigas, com vários mapas, armas, canhões, fardamentos e história das lutas de independência contra a Espanha e contra a invasão lusobrasileira no século XIX. O local é fantástico e possui uma vista espetacular de toda a cidade e sua baía. Não está no roteiro e não é fácil de chegar, mas o local deveria ser obrigatório!
- Na descida fomos andando até o Memorial en Recordación de los Detenidos y Desaparecidos, que fica no Parque Vaz Ferreira, na Rambla Gurvich. Quem for a Fortaleza del Cerro deve vir até aqui, caso contrário, não vale a pena. Ah, não esqueça de comer um churros em um carrinho, muito legal o casal responsável!
- Para retornar nas proximidades do parque acima há um ponto de ônibus, onde se deve pegar os ônibus L17 ou L18 e fazer o caminho inverso.

DIA 09 (Domingo):
- Hoje fomos mais uma vez na feira da Calle Tristan e Narvaja, conforme no nosso segundo dia, pois realmente lá tem coisas muito em conta, em seguida fomos para a Parque Rodó, pegamos um ônibus (522) perto do cassino da Cidade Velha, descemos na frente do Castillo de Pittamiglio, para conhecer o castelo, porém o mesmo estava fechado, pois só havia visitas guiadas às 17:00h.
- Daí seguimos para o Parque Rodó. Local muito agradável, bastante lanche de rua, um castelinho para visitar, uma feira de artesanato e roupas e um lago muito bonito que dá para fazer um passeio bem legal de pedalinho por 60 pesos uruguaios o casal (R$ 6,00).
- Na sequência fomos para o Museu de Artes Visuais localizado no próprio parque. Fomos lá ao acaso, embora eu o tenha colocado no planejamento inicial. Acho que foi o museu mais legal que conheci em Montevidéu. Local amplo, com excelente instalações, dezenas de obras, impecável e nada a desejar. Recomendaria este Museu em um passeio ainda que breve pela cidade, embora ele não esteja no circuito convencional de turismo.
- Na saída retornamos ao Castillo de Pittamiglio para a visita guiada e acredito ter sido o passeio mais curioso que fiz em Montevidéu. A visita guiada conta a história de um cidadão vindo da Itália que fez riquezas no Uruguai e que morava neste castelo. O castelo guarda diversas simbologias maçônicas e de alquimia (que o dono praticava), com a morte do mesmo o castelo foi passado para a administração uruguaia, tendo ficado largado por trinta anos, só sendo recuperado e colocado em exposição no final da década de 1990. Acredito que da mesma forma do Museu acima, este local deveria estar no passeio principal da cidade. Logo, para o planejamento de uma tarde recomendaria: lanchar no parque, conhecer sua feira (que acredito ser apenas no domingo), visitar o museu, e finalizar com a visita ao castelo (que é necessário confirmar os horários, pois a visita que fiz era específica para agosto), finalizando o dia com um passeio na rambla.
- Finalizando, ao entardecer caminhamos pela rambla que dá acesso ao bairro de Pocitos, sem dúvida é um local muito lindo e bastante agradável. Para retornar, peguei o mesmo ônibus 522 na própria orla e desci nas proximidades do cassino ao lado da Intendência de Montevidéu, embora na rambla passasse também ônibus para a Cidade Velha.
- Neste dia fomos até um cassino, local muito bonito, embora tenha apenas centenas de máquinas eletrônicas tipo "caça-níquel", semelhante à dos antigos bingos do RJ e algumas máquinas com uma roleta mecânica. Não vi outros jogos.
       

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